Auto-retrato

Gente, essa poesia não é minha, mas bem que poderia. Eu me reconheço em cada vírgula, cada espaço deixado pelo autor. Espero que vocês gostem. Essa vai especialmente para Marina, Tânia e Daniel.

O homem quer ser

peixe e pássaro,

a serpente quisera ter asas,

O cachorro é um leão

desorientado,

o engenheiro quer ser poeta,

mas o gato

quer ser só gato

Pablo Neruda

Se

Se acaso anoitecer

e você não vier me ver

Noite vai

e leva meu beijo

A madrugada,

meu desejo

O despertar,

minha saudade

E meu pensamento

leva, todo dia

toda hora

a vontade de te encontar

e te amar,

de novo.

O retorno - até que a preguiça ou a tristeza nos separe

Decidi voltar a escrever há mais de um ano atrás. Criei esse blog, passei horas escolhendo o layout, a fonte, as cores... Mas daí o semestre começou... foi um semestre difícil... faltava tempo pra tudo. Tem nada não, pensei. Logo, logo tem férias e aí eu volto com tudo! Mas não voltei. Então meu pai ficou doente... e assim ficou por alguns meses, até que um dia ele me deixou. E a vontade de escrever também se foi... e boa parte da minha vida. Mas a vida continua, já diziam os Beatles. E tinha tanta gente dizendo pra eu voltar. E tem tanta coisa aqui presa querendo encontrar liberdade nas palavras... Então eu comprei um novo caderno (lindo) e mais canetas - como se fosse necessário! Isso mesmo, caderno e canetas. Eu pertenço à velha escola apesar de viver cercada por tecnologia. Papel tem vida, memória...não se pode deletar os rabiscos ou as vezes que se mudou de idéia no meio do caminho... Mas daí eu olhava pro caderno...segurava a caneta... o caderno olhava de volta... e nada!

Então, em uma noite mal-dormida, eu tive um sonho. Um sonho bom (que ainda vai render outro texto). E esse sonho trouxe de volta algo que eu havia esquecido. Lembrou-me como é estar apaixonada. Apaixonada por alguém, por alguma coisa, por você mesmo, pela vida... E lembrou-me que isso era tudo que eu precisava pra escrever novamente. E também para sorrir sem razão, querer tomar banho de chuva, para sentir uma vontade irresistível de dividir um saco de pipoca com alguém. Esse sonho lembrou-me de quem eu sou: UM SER MOVIDO À PAIXÃO. Não importa o quanto vai doer depois contanto que tenha paixão...

Mais poeminha

um sussurro atrás da porta

foi tudo que eu ouvi

o sussurro de um anjo

acho eu

e ali eu soube

você seria meu

de novo

e para sempre

Poeminha

nos seus braços

me perco

pra depois me encontrar

nos seus beijos

até me perder novamente

nos vai-e-vems do nosso desejo