quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ei, você

É você mesmo. Bem, pra falar a verdade não sei se você anda perdendo tempo lendo as besteiras que, vez por outra, escrevo por aqui. Mas hoje, depois de uma breve conversa com nosso amigo em comum, não resisti e resolvi te escrever, mesmo que você não leia. Sou uma mulher complexa, cheia de medos, paixões, loucuras... penso demais mas costumo agir por impulsos. Era de se esperar que eu tivesse muitos arrependimentos nessa minha nem tão longa vida. Mas não os tenho. Vivi, e vivo, do jeito que eu sou. Por mais dores que eu tenha colecionado, por mais pedras que eu tenha encontrado no meio caminho, muitas também foram as flores, as borboletas, as poesias, as risadas...
Mas, tem sim, algo do qual me arrependo. E eu te disse. E vou dizer de novo. Ter deixado você sair da minha vida. Aliás, ter te tirado da minha vida...
Nossa história vai ficar sempre na morada do"SE" e isso é coisa que não gosto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A lista do balde

Pra quem viu o filme "The Bucket List" (Antes de partir) sabe a que me refiro. Eu confesso que não consegui pensar em um correspondente em português com no máximo 4 palavras então deixei em inglês mesmo. Mas para quem não viu o filme, a definição é muito simples. É uma lista de coisas para se fazer antes de morrer.

Não que esteja pensando em partir tão cedo, mas estou começando a minha - principalmente depois da 5ª temporada de LOST, sabe-se lá o que vai acontecer?!?!

Vou começar com coisas simples, coisas que eu sei que posso fazer. Depois eu alopro.

1) Sair pra dançar a noite inteira quando meu pé estiver recuperado – pelo menos se eu me ferrar de novo vou ter aproveitado antes.
2) Tirar minha carteira de motorista – eu sei que é uma vergonha, afinal eu já passei dos 18 há algum tempo... mas essa sai ainda esse ano!
3) Fazer minha tatoo – minha flor de lótus e duas frases de uma música beeeem conhecida “the same old fears / I wish you were here”
4) Voltar a Salvador (não no carnava)l – pra ver todas as pessoas que eu deixei lá e que amo muito e pra conhecer outras tantas que vou amar!
5) Assistir à 6ª temporada de LOST – acho que pra isso vou ter que viver pelo menos mais uns seis meses. Se eu morrer antes vou ter que fazer download do “outro lado” e ninguém ainda voltou pra dizer se tem banda larga por essas bandas! Será que tem TV a cabo? Será que é muito caro? Será? Ó, dúvidas cruéis...
6) Conhecer Paris – e tomar vinho barato e comer queijo, conhecer o bairro de St Germain e conhecer todos os mercados e bancas de ruas e todos os cachorros...
7)Adotar uma criança – alguém tem que tomar conta do meu legado...
8) Aprender a costurar (na máquina) – para fazer todas as roupas que eu quiser e nunca mais ficar mal porque a loja não tinha meu tamanho. Sou grande, sim, e daí?
9) Abrir um restaurante – nem que seja por um dia...
10) Escrever um livro - mesmo que não seja publicado
11) Plantar um árvore - acho que nunca plantei uma. Vou plantar um pé de tangerina. Delícia!
12) Tomar um banho de chuva sem me preocupar se os livros, ou o celular, ou a carteira, etc. estejam se molhando – igualzinho eu fazia antes de vir prá capitá! Deixar a chuva molhar tudo e, quem sabe, levar consigo um pouco da dor...
13) Ver o sol nascer
14) Ver o sol se por
15) Assistir a um corrida de F1 em Interlagos – sim, sou fã de F1 desde criancinha e eu tenho que conhecer Interlagos!
16) Viver um grande amor – de novo! E de novo acreditar que esse vai ser o último.
17) Chorar – de novo – por ter perdido um grande amor e ouvir “Total eclipse of the heart” especialmente cantado por Lílian.
18) Lamentar muitas coisas que já falei e escrevi. E falar e escrever muito para ter o que lamentar...
19) Continuar não me arrependendo do que eu faço.
20) Continuar não tendo medo de dizer “eu te amo”. E continuar dizendo sempre que der vontade – se for se verdade...

Não necessariamente nessa ordem. Acho que comecei a aloprar. Ah, que Deus me ajude!!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Viva la diferenza...

A FIFA e outras confederações de futebol estão questionando e considerando punição para os jogadores brasileiros pela comemoração após a vitória da Copa das Confederações. Leia mais em: http://br.esportes.yahoo.com/noticias/esportes-fifa-repreende-comemoracao-religiosa-brasil-01072009-25.html

Acho que religião e trabalho não se misturam porque não se pode impor esse tipo de escolha a ninguém. Mas a liberdade de expressão existe e foi conquistada a duras penas. Contanto que o outro também tenha espaço e direito de se expressar, não vejo absolutamente nada de mais em um grupo de pessoas se reunirem e expressarem sua fé em público. Eu vi o que aconteceu e não foi a primeira vez. Quem acompanha a seleção sabe que eles sempre rezam depois de uma conquista e antes de entrar em campo. Alguns são mais entusiastas como Kaká, que sempre usa uma camiseta embaixo do uniforme com a frase I belong to Jesus/Eu pertenço a Jesus. Mas ele está no seu direito de propagar aquilo que acredita. Ele nunca foi arrogante nem tentou converter ninguém, pelo menos não na TV ou no estádio. Nunca se usou do fato de ser figura pública para atrair membros pra sua igreja. O que ele faz quando tira a camisa da seleção ou do seu time, não é mais problema de ninguém, muito menos da FIFA

Fala-se que, com tantas guerras "religiosas" acontecendo pelo mundo, isso poderia soar como provocação ou incitar alguma revolta. Acho que deveria ser visto absolutamente pelo lado oposto. Sabe-se que muitos integrantes da delegação são evangélicos, outros são católicos, quem sabe se há espíritas, budistas... E com certeza há pessoas que nem sequer colocam o pé na igreja, seja que igreja for. Mas, no final, todos se ajoelharam e rezaram um Pai Nosso. Quer maior exemplo de tolerância e respeito ao próximo? Acho que deveria servir de exemplo. Pessoas com diferentes sistemas de crenças, sejam elas religiosas ou não, podem conviver muito bem juntos, desde que se respeite essas diferenças. É isso que nós fazemos todos os dias, em nossas casas, nossos trabalhos, em nossos grupos de amigos... Acho que isso deveria virar regra em partida de futebol: assim como se cantam os hinos dos países, deveria se conceder um minuto pra cada time/seleção se reunir e expressar-se. Deixem que rezem, que recitem o corão, que cantem um mantra ou que não façam nada, que fiquem em silêncio.

Essa é graça da vida. A cereja do sundae. A calda de chocolate no sorvete ou o ovomaltine do milk shake. São tantas opções... mas, no fim, a escolha é nossa. Acho que todos nós já pensamos como seria sem graça viver em um planeta em que todos pensam exatamente igual, vestem as mesmas roupas, falam a mesma língua, acreditam nas mesmas coisas. Não haveria mais cores, seria um mundo cinza, sem graça, sem vida. Não haveria mais nem futebol!!!! Todo mundo iria torcer pelo mesmo time...

Que deixem as diferenças existirem! Que venham as diferenças! Mas, antes de tudo, que se respeitem as diferenças! Afinal, essa é a beleza da vida.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

E por falar em saudades...

Outra noite eu sonhei com você...Não, não é letra de pagode mas eu não consegui resistir rsrsrsrs

Foi um sonho bom, desses que a gente volta no tempo pra reviver coisas boas. Claro que nem tudo foi mar calmo até agora, mas parece que em sonho as tempestades nada mais são que meros chuviscos...

E nesse sonho você estava ainda mais bonito do que eu lembrava. Alma jovem, um sorriso franco, aberto, desses que desfaz qualquer cara amarrada. Feliz e ao meu lado. Éramos dois pobres adolescentes amando-nos de uma maneira que nunca pudemos antes. Éramos dois tolos vivendo o auge da inocência. Aquela fase em que nenhuma barreira é intransponível. Aquela fase em que se quer mais é gritar “eu te amo” em todas as esquinas porque nada pode nos atingir...

Mas daí eu acordei. E ao acordar, estava em êxtase. Mais feliz do que eu conseguia me lembrar... E com a fugacidade que é inerente à felicidade, ela se foi. E oportunista que é, a dor fixou residência no meu peito. Era um domingo. Passei o dia inteiro tentando decifrar as minúcias dessa dor. E um único pensamento me ocorria. Você. Um pensamento que, ora dava às caras, ora se escondia na lembrança do seu sorriso. E então eu entendi que aquela dor não era minha. Era a sua dor que eu sentia me apertar o peito. Não sei explicar o que aconteceu. Talvez tenha sido um anjo como você disse. Mas sei que isso tinha que acontecer. E quando entendi isso, coloquei esse sentimento em forma de palavras mal escritas e te enviei. Eu sabia que, se houvesse resposta, ela só viria na segunda, mas curtir essa ansiedade despertou algo que eu nem sabia que estava tão adormecido.

E a resposta chegou. Depois mais um email, mais uma resposta, mais um email e de repente eu tinha 13 anos e checava minha caixa de entrada a cada minuto. Depois foi o telefonema...toda a distância pareceu desaparecer no momento em que ouvi aquele toque. E esses 7 anos que também nos separam viraram insignificantes segundos. E meu coração disparou, as pernas tremeram e a voz desapareceu...E ouvir você dizendo o quanto eu tinha sido importante naquele dia me fez feliz a semana inteira...porque eu tinha te feito feliz. Foram só alguns minutos, é verdade, e a única coisa que lembro é também a mais importante. Lembro de dizer, depois de 7 longos anos, “eu te amo”. Lembro que ainda te amo e sempre amarei, não importa como. (Still and will)