sábado, 3 de abril de 2010

E lá vou eu tentando manter um blog, de novo...

Muito sobre nada

Nem sei qual foi a última vez que escrevi (deu preguiça de ir lá checar). Também nem sei se alguém leu. Não vou dizer que isso não importa, mas, aqui, agora, o importante é que EU leia o que estou pra escrever. Egocentrismo? Que seja! Na falta do terapeuta vou bater papo comigo mesma e daí, quem sabe, entender o que diabos está errado comigo. Tá, não quero bancar a vítima. Mas eu ando muito puta com umas coisas nessa vida nossa severina. Sei que a de ninguém é perfeita, que todo mundo está sem grana, que há trilhares (é, acho que não existe essa palavra, mas eu não sei o número exato, vai assim mesmo) de seres não tão humanos sozinhos e solitários na madrugada do sábado e que com certeza há muito mais gente sentindo mais dor que eu agora. E daí? É a minha dor que sinto. É a minha solidão que incomoda. Não é que eu não me importe com o outro, mas, no momento, preciso que alguém importe-se comigo porque acho que estou beirando a insanidade. Tudo bem que nunca fui muito normal, mas agora nem eu estou me aguentando. Ok, não sou burra. Sei que muitas das coisas que hoje estão me incomodando tanto são resultados das minhas escolhas, conscientes ou não. E agora? Voltar atrás não dá. Mudar de rumo? Sim, estamos tentando. Mas e aquelas coisas que são tão você desde que você se deu conta que era uma pessoa? Caralho, como isso é difícil. Quantas vezes dizemos que não importa o que os outros pensem a nosso respeito, a sua opinião sobre você mesmo é o que conta? Mentira suja e des-lavada. Conta sim o que os nossos pais pensam a nosso respeito. Conta o que as pessoas que você ama acham de você. E aqueles a que você admira? A gente está sempre buscando reconhecimento e aprovação... E quando você se dá conta que tornou-se algo que não queria só pra satisfazer alguém ou pra discordar de alguém ou pra se defender de alguém? (E eu não estou falando de cor de esmalte. Talvez seja a única coisa que tenho feito ultimamente só para agradar a mim mesma.) Pô, se tem alguém lendo, jogo um "foi mal" agora mas realmente preciso falar certas coisas. E "foi mal" também porque eu não vou fazer parágrafos, não vou revisar texto nem vou editar. Está sem pé nem cabeça, sim. Totalmente non-sense, a não ser pra mim. Mas não vou me desculpar por ser triste. Porra, meu. Eu sou assim. Quem já saiu comigo sabe que posso ser ótima companhia, rio pra caramba, adoro uma farra e boa companhia. Mas também tem dias em que estou triste, sim, e sem motivo. Também sou briguenta. Quando acredito em algo - e veja, não estou dizendo que sempre tenho razão- eu bato o pé. Não gosto que furem filem e que tirem vantagem sobre os outros. Não acho legal que a falta de organização e planejamento tenha me deixado sem aulas em uma matéria até agora. Não gosto quando interesses pessoais são colocados acima de interesses coletivos. Fico puta com burocracia, corrupção ou má-vontade. Sim, também sou mal-humorada muuuuiiitas vezes. Sim, vivo na defensiva e não vou explicar porquê. Sim, sou apaixonada por alguém que ficou no meu passado e com quem não posso estar junto e isso também me deixa puta porque quando amo, amo muito. Sim, não tenho um pingo de auto-estima. No momento, acho que não sirvo pra nada e que minha razão de existir é só pentelhar uns e outros. Acho que a única pessoa que me ama é minha mãe e que ela faz isso só por obrigação. Estou cansada de ouvir como sou inteligente. Pro inferno com minha inteligência. Queria saber bem pouquinho. Queria viver na ignorância de que mais tarde, ao acordar, tudo vai ser diferente e que vou ser capaz de mudar todas as coisinhas pequenas que se multiplicam exponencialmente e me incomodam pra caralho (falar palavrão não é uma delas). Aliás, queria ser burra para não saber que elas existem. É, eu sei. É tudo culpa minha. Mas eu ainda não aprendi a fazer diferente. Numa próxima vida eu quero ser gato. Dormir de barriga pra cima sem se preocupar com a próxima refeição... ou virar refeição!